A Polícia Federal prendeu 18 pessoas com drogas no estômago no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após reativar um scanner corporal. O equipamento, que gera debate sobre privacidade, foi usado após o aumento de casos de tráfico.
No último domingo, a Polícia Federal retomou a operação de um scanner corporal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, após anos de desativação. A ação foi desencadeada pelo aumento significativo de casos de mulas do tráfico pegos com drogas no estômago nos últimos meses.
Em apenas 36 horas, 18 pessoas foram presas em flagrante tentando embarcar em voos para a França, cada uma carregando cápsulas de cocaína.
A reativação do scanner corporal levantou questões sobre privacidade e segurança aérea. Luiz Faro, especialista em segurança, comenta:
"Certamente é mais confortável para o passageiro passar no scanner, que vai gerar uma imagem que você pode não estar 100% confortável, mas é melhor do que ir para o hospital, é melhor do que perder o voo, é melhor do que passar por uma revista longa. É uma maneira um pouco menos invasiva e muito mais rápida."
Antes da reativação do scanner, a polícia precisava levar suspeitos até hospitais para verificar se estavam transportando drogas no estômago, o que demandava mais tempo e recursos. A reativação do equipamento agilizou o processo de investigação e trouxe resultados mais eficientes para a Polícia Federal.
Além do Aeroporto de Guarulhos, outros importantes aeroportos brasileiros, como o Galeão (Rio de Janeiro), o de Recife e o de Manaus, também possuem scanners corporais. Guarulhos, por ser responsável por cerca de 70% dos voos internacionais do país, torna-se um ponto crítico para a segurança aérea nacional.
A reativação do scanner corporal no Aeroporto de Guarulhos, embora gere debates sobre privacidade, demonstrou ser uma ferramenta crucial para a segurança aérea e para o combate ao tráfico de drogas.
A eficiência na identificação de indivíduos transportando substâncias ilícitas no estômago representa um avanço significativo para as autoridades, permitindo ações mais rápidas e assertivas no controle do tráfico internacional.