O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, denunciou um ato 'traidor' da DA por queimar a bandeira em sua campanha

Rodrigo Tsens
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Presidente Ramaphosa critica anúncio da DA com bandeira da África do Sul em chamas

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, criticou um anúncio de campanha da Aliança Democrática (DA) que mostra a bandeira nacional queimando, chamando-o de "traiçoeiro" em Joanesburgo, à medida que as tensões partidárias aumentam antes das eleições de 29 de maio.


O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, expressou indignação sobre um recente anúncio de campanha da Aliança Democrática (DA), onde a bandeira sul-africana é apresentada em chamas. Durante uma visita a Limpopo, Ramaphosa descreveu o anúncio como uma "traição" à unidade nacional, destacando a gravidade de usar tal símbolo em uma campanha eleitoral.


O anúncio, que foi lançado na segunda-feira, usa a imagem de uma bandeira em chamas para simbolizar o risco de o Congresso Nacional Africano (ANC), juntamente com partidos de esquerda como os Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF) e aliados do ex-Presidente Jacob Zuma, manterem o poder. Ramaphosa foi enfático: "É o ato político mais desprezível em que alguém pode embarcar."


A Aliança Democrática, segunda maior força política do país, respondeu às críticas através de Helen Zille, ex-líder e atual presidente do conselho federal do partido. Em uma coluna de opinião, Zille defendeu o uso da bandeira, explicando que as chamas representam a deterioração do sonho sul-africano sob 30 anos de governo do ANC, desde a era Mandela.


No rádio, Zille argumentou que a controvérsia reflete a divisão no país: "Você faz parte da queima da bandeira ou dos que querem restaurar a bandeira?" Enquanto isso, John Steenhuisen, líder da DA, descreveu a possível coligação entre o ANC e a EFF como um cenário de "dia do juízo final", mas não descartou trabalhar com o ANC.


Em resposta, o ANC afirmou estar confiante na vitória nas eleições de 29 de maio, com pesquisas mostrando seu apoio acima de 40%. O anúncio termina com uma nova bandeira emergindo das cinzas, simbolizando a esperança de "resgatar a África do Sul".


A polêmica campanha da DA, retratando a bandeira nacional em chamas, provocou uma resposta veemente de Cyril Ramaphosa, que a considerou uma traição. Enquanto a DA defende a metáfora como uma crítica ao governo do ANC, as eleições se aproximam com o país em um momento decisivo, onde a formação de coalizões e o futuro político estão em jogo. Este evento destaca as profundas divisões e os desafios que a África do Sul enfrenta em sua jornada democrática.


FONTE: REUTERS

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