A polícia do Benin dispersou um protesto sobre o custo de vida usando gás lacrimogêneo e prendeu líderes sindicais, enquanto os manifestantes expressavam sua preocupação com a inflação e o aumento dos preços dos alimentos.
No sábado, a polícia do Benin utilizou gás lacrimogêneo para dispersar um protesto convocado pelos sindicatos sobre o custo de vida no país. O evento ocorreu na capital comercial, Cotonou, onde as autoridades bloquearam o acesso ao conselho trabalhista e prenderam vários líderes sindicais.
Entre os detidos estão Moudassirou Bachabi, da Confederação Geral dos Trabalhadores do Benin (CGTB), e Anselme Amoussou, chefe do sindicato CSA-Benin, juntamente com outros 16 manifestantes, como confirmado pela secretária-geral adjunta da CGTB, Anita Bossoukpe.
Em declarações à Reuters, Bossoukpe expressou a frustração dos manifestantes com a situação econômica: “Estamos todos com fome. Recebi o meu salário no dia 22, neste momento não tenho nem 500 francos CFA (0,82 dólares) e tenho que passar o mês, que mal começou.”
Os manifestantes destacaram o aumento dos preços dos alimentos básicos no país da África Ocidental, apontando para a dificuldade de sustentar-se com o salário mínimo de 52.000 francos CFA ($85) por mês, mesmo após o aumento de janeiro de 2023, quando estava em 40.000 francos CFA ($65).
A situação econômica preocupante não é exclusiva do Benin. O Fundo Monetário Internacional (FMI) observou uma estagnação nos rendimentos na África Subsaariana, com a região ficando ainda mais atrás do resto do mundo em termos de recuperação econômica.
Esse contexto amplia as preocupações dos manifestantes e sindicatos, que veem os preços dos combustíveis e dos alimentos essenciais, como milho, farinha de gari, feijão e feijão nhemba, aumentarem significativamente nos últimos meses.
O protesto e a reação da polícia no Benin destacam as tensões geradas pelo aumento do custo de vida e da inflação em várias partes da África Subsaariana. Com líderes sindicais detidos e a pressão econômica em ascensão, o cenário sugere um ambiente de crescente descontentamento social. O desafio das autoridades será encontrar soluções que equilibrem as demandas dos trabalhadores com a estabilidade econômica do país.
Nota do Autor: Esta notícia foi elaborada com base em informações fornecidas por fontes confiáveis, incluindo relatos da agência de notícias Reuters e declarações de líderes sindicais e manifestantes. O objetivo foi retratar de forma precisa e imparcial os eventos ocorridos durante o protesto salarial no Benin, destacando as preocupações dos trabalhadores em relação ao custo de vida, inflação e aumento dos preços dos alimentos básicos.